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Amazonas registra a maior cheia em 110 anos

O nível do rio Negro subiu três centímetros em um dia, chegando à marca de 29,78 metros. Na última grande cheia, registrada em 2009, o rio atingiu 29,77 metros

O rio Negro atingiu na manhã desta quarta-feira (16) sua maior cheia em 110 anos. De acordo com o engenheiro civil responsável pela medição, Valderino Pereira da Silva, de ontem para hoje o nível do rio subiu três centímetros registrando a marca de 29,78 metros (acima do nível do mar), superando a última cheia registrada no ano de 2009, quando o rio Negro atingiu 29,77 metros. Antes do ano de 2009, a maior cheia registrada foi em junho de 1953, quando o nível chegou a 26,69 metros.

Valderino é responsável pela medição do nível do rio Negro há 23 anos e faz esse trabalho todos os dias pela manhã, antes das 7h.

“Os intervalos de cheia registrados por aqui normamente acontecem em períodos maiores de tempo e agora aconteceu no período entre três e quatros anos. Esse trabalho de medição do rio começou a ser realizado no dia 15 de setembro de 1902”, ressaltou.

Hoje o nível do rio está 73 centímentros maior do que a cota registrada neste mesmo dia no ano de 2009.

Valderino conta que a última cheia foi registrada em 1º de julho de 2009 e o nível do rio subiu apenas 1 centímetro, seguindo para o dia 2 de julho sem alterações e chegando no dia 3 já começando a baixar.

Ao ser questionado sobre a continuidade de subida do rio Negro, o engenheiro diz que vai sim continuar subindo, porém não sabe dizer a quantidade.

“Vai continuar subindo já que ultrapassamos a marca registrada em 2009, mas como isso é um fenômeno natural, eu não tenho como afirmar a cota que ele pode atingir”, pontuou.

Veja galeria – Nível do rio Negro em Manaus supera cota recorde de 2009

De acordo com o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio Oliveira, o nível das águas do rio Solimões, que também influencia no fenômeno da cheia no Estado, já começou a baixar.

“O rio Negro deve começar a baixar no final do mês de maio, assim como pode seguir até mais ou menos o meio do mês de junho”, disse.

De acordo com dados repassados pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), 5.803 famílias foram afetas pela cheia na cidade de Manaus e todas elas já foram cadastradas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) no programa social S.O.S enchente.

No Estado do Amazonas, 52 municípios estão em situação de emergência de acordo com a Defesa Civil Estadual. Os município de Anamã e Careiro da Várzea pediram que seja decretada calamidade pública nas localidades.

De acordo com o cel. Roberto Rocha, o pedido desses municípios deve ser analisado nos próximos dias e deve ser decretado estado de calamidade pública, já que os serviços básicos disponibilizados na cidade estão suspensos por conta da cheia.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Amazonas-registra-cheia-recorde-quarta-feira_0_701329863.html

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Enchente interdita trecho da avenida Eduardo Ribeiro, em Manaus

Plano Emergencial de Cheias para o trânsito já interditou também pelo menos outros quatro pontos de Manaus.

MANAUS – O avanço das águas do rio Negro em direção ao centro de Manaus levou o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) a interditar, nesta segunda-feira (14), o trecho da Avenida Eduardo Ribeiro, entre a avenida Sete de Setembro e rua Marquês de Santa  Cruz. A área está sendo monitorada por agentes de trânsito para orientar condutores sobre as alternativas de acesso ao local.

De acordo com informações da Prefeitura de Manaus, o Manaustrans montou barreiras na esquina da avenida Sete de Setembro para indicar a interrupção no tráfego. Somente caminhões de carga e taxistas terão acesso ao trecho interditado, mas estão impedidos de seguir em direção ao Relógio.

Para chegar à rua Marques de Santa Cruz ou próximo ao trecho fechado da avenida Eduardo Ribeiro, o motorista deve  acessar a rua Luis Antony , Sete de Setembro e Terminal da Praça da Matriz. Se preferir, pode estacionar em ruas próximas à avenida Eduardo Ribeiro e se dirigir a pé para a área interditada, que está liberada para pedestres.

Além da Eduardo Ribeiro, também está interitada a alça inferior da Ponte dos Bilhares. Com isso, o retorno no sentido centro/bairro deve ser feito na mesma avenida, a um quilômetro depois da ponte, no semáforo em frente à panificadora Núbia. O canteiro central desse trecho da avenida será reaberto, excepcionalmente, pelo Manaustrans enquanto o retorno embaixo da ponte estiver fechado. No sentido bairro/centro, a opção para retornar deve ser pela avenida São Jorge, rua Artur Bernardes e avenida Constantino Nery.

O trecho da rua Barão de São Domingos, entre as ruas Pedro Botelho e Tabelião Lessa também foi fechado. Nesse caso, os veículos estão sendo desviados para a avenida Lourenço da Silva Braga. Desde o dia 30 de abril, o trecho da rua dos Barés, esquina com a Joaquim Nabuco, está interditado por causa da enchente. Para desviar das águas, o motorista deve seguir pela Joaquim Nabuco.

A partir desta segunda-feira a pista da direita da avenida Lourenço da Silva Braga (Manaus Moderna), no sentido Porto/Educandos, entre as ruas Pedro Botelho e dos Barés,  fica interditada para a construção da feira provisória que vai abrigar os permissionários da Manaus Moderna. A feira vai receber os comerciantes que tiveram os boxes alagados com a subida das águas do rio Negro.

Plano emergencial

O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) elaborou um Plano Emergencial para promover um trânsito seguro diante do alagamento de algumas vias da cidade provocado pela subida das águas do rio Negro e dos igarapés. O objetivo é estabelecer rotas e caminhos alternativos para desviar usuários das áreas afetadas e assegurar a mobilidade de pedestres e condutores.

Áreas identificadas como predispostas a alagamento estão sendo monitoradas diariamente por agentes de trânsito preparados para intervir caso seja necessário fazer a interrupção do tráfego.

 

Fonte: http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/enchente-fecha-trecho-da-avenida-eduardo-ribeiro-em-manaus/

 

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Interior do Amazonas está debaixo d’água

Enchente dos rios no Amazonas deixam cidades completamente debaixo d´água. O caso mais grave está no Careiro da Várzea, na região do baixo rio Solimões. O fenômeno, contudo, é forte no Amazonas, Maués-açu e no Paraná do Ramos

No interior do Amazonas municípios inteiros estão debaixo d´água. É  o caso de Manaquiri, Careiro da Varzea, Anamã e Anori. As cidades da calha do Solimões estão próximas de atingir a cota recorde de 2009: 17m27.

Em Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus), mais de 60% do município estão debaixo d´água que atingiu as casas de, pelo menos, 1.097 famílias já cadastradas pela prefeitura municipal.

Além da cheia, as fortes chuvas que atingiram  a cidade estão fazendo com que as famílias procurem ajuda  de entidades religiosas de auxílio da população.

“Estamos com pelo menos 40 famílias aqui na igreja e diariamente temos recebido mais famílias em busca de abrigo, principalmente, as habitantes de áreas mais distantes do município, todas atingidas pela subida dos rios. Dentro do que podemos fazer nós tentamos ajudar. Tentamos alojar as pessoas que nos procuram ou encontrando algum lugar para elas ficarem. A situação da cheia está muito difícil para a população daqui do município e estamos empenhando todas as igrejas do município para ajudar”, disse o padre da Igreja Católica de Manaquiri, Martin James Laulaman .

No total, 1.200 alunos de 12 escolas de Manaquiri estão sem aula devido a cheia dos rios. A cidade que tem vocação agrícola perdeu mais de 40% da produção de mandioca e abóbora.

No Município de Careiro da Várzea (a 29 quilômetros de Manaus),  a situação da cheia do rio Solimões está próxima de atingir o caos registrado em 2009. Quase todo o território da sede está  inundado. Casas, ruas e comunidades inteiras  foram tomadas pelas águas. Pecuaristas estão tentando transferir a criação deles para terras mais altas, mas a água sobe muito rapidamente

Dos 62 municípios do Amazonas, 38 cidades, incluindo Manaus, decretaram estado de emergência devido as cheias dos rios, que promete ultrapassar todos os limites registrados em 2009. Segundo o balanço da Defesa Civil do Amazonas, dez  novos municípios que decretaram situação de emergência  serão contemplados com a ajuda humanitária: Cestas básicas, kits de higiene pessoal, kits de limpeza, kits de medicamentos, kits dormitório, kits de medicamentos, filtros microbiológicos, hipoclorito de sódio.

Ao todo são 120 toneladas de  material  e o Governo do Estado já disponibilizou a R$ 850 mil em  aporte financeiro, R$ 100 mil para  os primeiros municípios em estado de emergência na calha do rio Juruá (Envira, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Carauari, Itamarati, Juruá) e R$ 150 mil para Boca do Acre, no Purus. Na primeira etapa do Cartão Amazonas Solidário foram entregues R$ 400 para cada família do Juruá e Purus.

As enchentes que afligem as populações do interior do Amazonas não preocupam apenas por conta das perdas das moradias, equipamentos e utensílios domésticos, plantações e criação de animais, mas também pelas doenças adquiridas pelas crianças, jovens, adultos e idosos como a leptospirose, hepatites, febre tifóide, dengue, cólera e diarreias. O dilema das famílias aumenta porque não existem médicos para tratar e curar as enfermidades das cheias nem as outras doenças.

Essa realidade foi discutida na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado (CAS). Mesmo com infraestrutura e plano de carreira, médicos não se interessam em trabalhar no interior do Amazonas. “Temos um déficit de 360 equipes no programa médico da família, por exemplo. Há prefeitos pagando R$ 25 mil em salário e não encontram profissionais interessados. Fizemos um concurso público em 2005 e sobraram vagas. Nesse período também perdemos 188 médicos”, declarou o secretário adjunto de atenção especializada do interior, da Secretaria de Saúde do Amazonas, Evandro Oliveira.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/amazonia/Interior-Amazonas-dagua-Manaus-Amazonas-Amazonia_0_694730531.html

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Manaus tem bairros em atenção por causa da cheia do rio Negro

A Prefeitura de Manaus decretou estado de atenção para oito bairros da capital por causa da enchente do rio Negro. Hoje, o nível do rio chegou a 28,85 metros, entrando na marca de emergência. É a 16ª maior cheia em 110 anos.

O nível das águas é registrado desde 1902 no porto de Manaus. Em 2009, ocorreu a enchente histórica, quando o Negro alcançou o recorde de 29,77 metros.

A marca de emergência é a média de todas as cheias máximas, com nível de 28,94 metros –quando ocorrem os transbordamentos.

Segundo a Defesa Civil municipal, há alagamentos nos bairros da zona portuária São Raimundo, Glória e São Jorge (zona oeste), São Geraldo e Presidente Vargas (zona centro-sul), Educandos, Raiz e Betânia (zona sul). O número de famílias atingidas não foi divulgado.

Manaus tem 1,8 milhão de habitantes. O município estima que ao menos cem mil pessoas serão afetadas pela enchente na capital. Na cheia de 2009, 145 mil pessoas foram atingidas.

A prefeitura informou que doou às famílias necessitadas 1.500 metros de tábuas de madeira. Elas usam o material para construir pontes sobre as ruas inundadas e ter melhor acesso às casas.

Segundo o coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, Hermógenes Rabelo, a enchente do rio Negro é preocupante. “Existe uma tendência de essa enchente ser pior do que a de 2009. Manaus está se preparando para decretar a emergência”, afirmou.

Desde o final de março, meteorologistas e hidrólogos preveem uma enchente extrema nos rios Negro e Solimões, formadores do Amazonas.

Segundo Lúcia Gularte, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), este mês choveu em Manaus 145 milímetros, quase a metade do esperado (311 mm). Ela disse que as precipitações estão normais. O que provoca a subida do Negro, segundo ela, são as chuvas que caem nas nascentes do rio, localizadas na Colômbia.

Daniel Oliveira, do Serviço Hidrológico do Brasil, diz que a subida do Solimões também contribui para a elevação das águas do Negro. “O rio Solimões continua subindo e essa água chegará a Manaus, represando o rio Negro. Teremos mais 25 dias de subida das águas”, afirmou Oliveira.

No Amazonas, a Defesa Civil Estadual informou que 27 municípios estão em situação de emergência por causa das enchentes dos rios Solimões, Juruá, Purus, Madeira e médio Amazonas. São 184.565 pessoas afetadas.

Essas famílias estão recebendo ajuda humanitária (cestas básicas, kits de higiene pessoal, limpeza, medicamentos, filtros microbiológicos, hipoclorito de sódio, entre outros). O governo do Estado entrou com um aporte financeiro de R$ 850 mil e o governo federal, com R$ 10,5 milhões.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1080343-manaus-tem-bairros-em-atencao-por-causa-da-cheia-do-rio-negro.shtml

 

Enchente no Amazonas começa a atingir marcas históricas

 

A enchente nos rios Negro e Solimões, principais formadores do Amazonas, se aproxima de marcas históricas, segundo o Serviço Geológico do Brasil, órgão federal que monitora o nível dos rios na Amazônia.

No rio Negro, que margeia Manaus, a cheia já é a maior em 36 anos. Hoje, o nível do rio chegou a 28,49 m, ultrapassando a marca histórica de 1976 (28,31 m). A emergência é declarada quando o rio atinge 28,90 m, o que pode acontecer nesta semana.

O nível do rio Solimões, em Tabatinga (fronteira com o Peru e Colômbia), atingiu nesta segunda-feira a marca de 13,59 m. Faltam apenas 23 cm para bater a maior cheia, registrada em 1999 (com 13,82 m).

Segundo o engenheiro hidrólogo Daniel Oliveira, a elevação das águas do rios nesta época do ano é maior do que em outros anos devido às fortes chuvas que ocorrem em toda a bacia amazônica, inclusive no Peru, onde “os cursos d’água contribuem para os níveis elevados do rio Solimões em território brasileiro”.

Para ele, ainda é cedo para afirmar que os rios terão enchentes antecipadas. Normalmente, o pico da enchente é no mês de junho. Nos mais de cem anos que o Porto de Manaus monitora a subidas das águas diariamente, só aconteceu cheia antecipada nos meses de maio.

No Amazonas, são 25 os municípios em situação de emergência devido às enchentes dos rios Solimões, Juruá, Purus e Madeira, segundo a Defesa Civil. O órgão disse que 149.580 pessoas foram atingidas por alagamentos de casas, comércios e plantações. Em Manaus ainda não há registro de famílias afetadas pela subidas das águas do Negro.

Os municípios atingidos pelas cheias e atendidos pela ajuda humanitária são: Juruá, Envira, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Carauari e Itamarati (rio Juruá), Boca do Acre, Lábrea, Pauini, Tapauá e Canutama (rio Purus), Atalaia do Norte, Amaturá, Benjamin Constant, Tonantins, Tabatinga, Santo Antônio do Iça e São Paulo de Olivença (rio Solimões), Borba e Nova Olinda do Norte (rio Madeira), Uricurituba e Itacoatiara (médio Amazonas), Careiro da Várzea e Caapiranga (baixo Solimões).

A Defesa Civil Estadual analisa a situação de mais seis municípios para decretar emergência. Entre eles está Anamã (165 km de Manaus), que teve as zonas rural e urbana afetadas pela subida das águas do Solimões. O município tem 10.193 habitantes.

Segundo o governo do Amazonas, as escolas do município estão com as aulas suspensas. A prefeitura vai transferir o hospital para uma balsa de dois andares para atender à população. Pacientes com cirurgias marcadas serão removidos para Manaus, disse o secretário Estadual de Saúde, Wilson Alecrim.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1076755-enchente-no-amazonas-comeca-a-atingir-marcas-historicas.shtml

600 cestas básicas chegam a Roraima

YANA LIMA

A primeira remessa referente à doação de 10 mil cestas básicas feitas pela Companhia de Abastecimento (Conab) chegou na tarde de ontem à Base Aérea de Boa Vista. O voo saiu de Manaus e trouxe as primeiras 600 unidades. O restante está previsto para chegar até amanhã.

São 14 mil quilos de alimentos, sendo que cada cesta contém 23 quilos, o que, segundo o governo federal, é suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas por 15 dias.

Os mantimentos foram trazidos em uma aeronave C-130 Hércules e foram enviadas em seguida para a 1ª Base Logística (Balog). Os mantimentos serão distribuídos segundo critérios da Defesa Civil de Roraima, com apoio de homens do Exército. Segundo informações da assessoria de comunicação da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, uma reunião com o Corpo de Bombeiros decidiu, na noite de ontem, detalhes sobre as localidades a serem priorizadas.

A primeira localidade a ser atendida será o Município de Uiramutã, para onde o mantimento será encaminhado por meio de uma aeronave. Em seguida, os carros do pelotão local distribuirão os alimentos às comunidades que estão isoladas.

Uma nova aeronave com mais 600 cestas está prevista para chegar hoje ao Estado. Esta doação irá atender às comunidades do Baixo Rio Branco, onde 13 das 15 comunidades estão debaixo d’água. O mantimento será levado pela BR-174 até o Município de Caracaraí, onde um navio corveta da Marinha do Brasil pegará o material e descerá o rio para fazer a distribuição nas comunidades.

Os helicópteros serão os meios mais utilizados, devido à facilidade de locomoção às áreas isoladas. Conforme informações da Secretaria de Comunicação do governo, além das aeronaves roraimenses, a entrega dos alimentos será feita com uso de um helicóptero da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que já está no Estado, além de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro, cuja previsão de chegada é até este domingo.

O governo afirmou estar articulando a vinda de um helicóptero maior, do comando Nacional da Defesa Civil, possivelmente um Black Hawk, que possui capacidade de até 25 pessoas e dois tripulantes. Além disso, o Exército colocou à disposição sete barcos para realizar o transporte de pessoas e de mercadorias na região de Normandia

De acordo com dados da Defesa Civil de Roraima, as chuvas que atingiram o Estado deixaram mais de 8.500 desabrigados e outras 41.583 pessoas tiveram de deixar suas casas. A estimativa é de que 355 mil pessoas tenham sido afetadas pelas chuvas no Estado e atingiu a todos os municípios.

APOIO – A Associação dos Distribuidores e Atacadistas de Roraima adotaram 100 famílias de bairros como 13 de Setembro, Caetano filho, Cauamé, Caranã e dos Estados. Conforme explicou o deputado estadual Brito Bezerra, a ideia é dar assistência continuada a essas famílias. Eles montaram 1.500 cestas que serão distribuídas semanalmente, uma para cada família.

O deputado federal Jhonatan de Jesus também doou 150 cestas, com apoio de um empresário do ramo de supermercados, para atender a famílias dos bairros Caranã e Cauamé, visto que até então havia poucas campanhas que contemplassem esses bairros. A entrega acontecerá hoje, às 15h.

Para ajudar as famílias desabrigadas ou desalojadas por causa da enchente, o senador Mozarildo Cavalcanti e a equipe do escritório do PTB fizeram uma parceria com a Prefeitura de Boa Vista na campanha “Não Esqueça, Aqueça”.  O senador Mozarildo e a sua equipe arrecadaram quase 100 quilos de charque. O produto, que será incluído na cesta básica, foi entregue nessa manhã na sede da AABB, onde a Prefeitura de Boa Vista montou um ponto de arrecadação de donativos.

O Mutirão da Solidariedade, coordenado pela primeira-dama e secretária da Promoção Humana, Shéridan de Anchieta, entregou à Prefeitura de Caracaraí centenas de cestas básicas para atender as famílias atingidas pela enchente.

Também foram entregues kits com redes, fraldas de uso infantil e adulto, toalhas, lençóis, colchas, sapatos e roupas.

Ministério da Saúde envia 7 toneladas de medicamentos

O Ministério da Saúde (MS) enviou ontem sete toneladas de medicamentos a Roraima, para atendimento aos municípios afetados por enchentes. O estoque deve atender 7,5 mil pessoas por um período de três meses.

São aproximadamente 155 mil medicamentos entre antibióticos, anti-inflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos e 75 mil unidades de material médico, como ataduras, luvas, cateteres, gaze, máscaras e seringas.

Roraima também vai receber nos próximos dias 15 kits para diagnóstico rápido de cinco doenças que podem ser causadas pelo contato com águas contaminadas. São três kits para cada uma. Os exames são para o diagnóstico das seguintes doenças: rubéola, leptospirose, toxoplasmose, rotavírus e hepatite. Cada kit pode fazer até 100 exames.

Os kits de diagnóstico vão reforçar o estoque do Laboratório Central de Roraima (Lacen). De acordo com especialistas, os riscos de infecções aumentam quando o nível de água diminui. Algumas doenças têm um período de incubação de 15 dias para apresentar os sintomas.

Conforme o secretário estadual de Saúde, Leocádio Vasconcelos, o material que chegou ontem vai atender as demandas dos municípios e das unidades da capital. “Havendo necessidade, o MS poderá enviar mais material, bastando o Estado fazer o pedido”, disse, ao explicar que o mesmo vale para os municípios. Os administradores das unidades do interior que necessitarem de material médico ou medicamentos devem fazer contato com Departamento de Assistência Hospitalar da Sesau.

REMOÇÃO – Enquanto durar as enchentes e o tráfego terrestre não estiver liberado, o abastecimento e remoção de pacientes acontecem via aérea, por meio das duas aeronaves do Governo do Estado. As Unidades Mistas de São João da Baliza, Caroebe, Normandia e os Hospitais Francisco Ricardo de Macedo, de São Luiz do Anauá, e Santa Luzia, de Rorainópolis, estão recebendo os produtos conforme as solicitações feitas ao Estado. (Y.L.)

 

Fonte: Jornal Folha de Boa Vista / Link: http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=110452

CARACARAÍ: Balsa inicia travessia de carretas de comida, medicamentos e combustível

VANESSA LIMA

O rebocador cedido pela Petrobras Distribuidora permitiu que a balsa de 1.700 toneladas iniciasse ontem o transbordo do rio Branco de carretas e caminhões carregados com medicamentos, botijas de gás e gasolina parados há dias no município de Caracaraí. Com o elevado nível do rio, mais de 3 quilômetros da BR-174 estão submersos, impedindo assim o tráfego na principal rodovia do Estado.

A balsa do Governo do Estado foi deslocada do Passarão, na zona rural de Boa Vista, para o município na quarta-feira, 8, mas como o rebocador ou empurrador que estava disponível não comportava o peso, somente com o suporte cedido pela empresa foi possível fazer o transbordo.

A primeira travessia foi de dois caminhões carregados com soro, uma carreta com 1.600 botijas de gás e outro carregamento de 30 mil litros de álcool, além de dois carros de passeio que traziam mulheres e crianças.

Em seguida estava previsto o transbordo de um dos dois caminhões da Petrobras Distribuidora com cerca de 500 mil litros de gasolina. A assessoria de comunicação da BR Distribuidora confirmou a travessia de um dos caminhões que deverá reabastecer a base da Petrobras em Caracaraí, o que ajudará na liberação de gasolina para os postos de combustível em Boa Vista.

Os 1,1 milhão de litros do produto carregados em Manaus e que estão a caminho de Roraima via fluvial deverão chegar a Caracaraí na segunda ou terça-feira. Com isso, o problema de desabastecimento de combustível na capital deverá ser sanado.

Homens do Exército é que estão envolvidos na organização da travessia, que dura em torno de 45 minutos. O transbordo é feito da vila Vista Alegre até a rua principal da sede de Caracaraí, ponto indicado pela Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental como o mais seguro.

Em visita ao município, o governador Anchieta Júnior reafirmou que a população não precisa se preocupar com o desabastecimento no Estado. “Estamos tomando todas as medidas para evitar mais prejuízos à população. A balsa que está em Caracaraí terá como prioridade transportar as carretas que estejam com gêneros de primeira necessidade”, explicou.

De acordo com o vice-governador, Chico Rodrigues, que também esteve no município ajudando na coordenação da operação. Os trabalhos serão intensificados para que no máximo em uma semana o abastecimento da Capital e dos municípios esteja normalizado.

Caminhoneiros denunciam cobrança de taxa e privilégios na hora de embarcar

A estimativa é que cerca de 300 veículos estejam parados na BR-174, em Caracaraí, sem poder seguir viagem. Alguns caminhoneiros estão no local há oito dias, sem poder entrar no trecho da rodovia que está submerso.

Denúncias dão conta de que estaria sendo cobrado R$ 300,00 para travessia do rio por meio das balsas disponibilizadas pela administração estadual. Os caminhoneiros teriam se revoltado e, depois de reclamações, a questão se resolveu.

Outra reclamação seria de certos privilégios para a travessia de carretas de algumas empresas do Estado. Caminhoneiros denunciaram que em uma relação estariam especificados os carregamentos que serão atravessados na balsa. A escolha teria sido feita pelo próprio governador Anchieta Júnior.

“Estou aqui há oito dias. Tem caminhoneiro que já não tem dinheiro para se manter parado em Caracaraí. Eles apresentaram uma lista e disseram que a travessia será feita dando prioridades a alguns, ou seja, só passa quem eles querem e isso não é justo”, reclamou um caminhoneiro que prefere anonimato.

O trabalhador estava com carregamento de verdura e no domingo a empresa para a qual realiza o transporte dos produtos pagou para fazer o transbordo por meio de um barco. Uma balsa particular que está operando a quatro dias no local tem cobrado R$ 300,00 para fazer a travessia de caminhões e R$ 200,00 para micro-ônibus.

O secretário estadual de Comunicação, Rui Figueiredo, disse desconhecer a cobrança para utilização da balsa do governo e classificou como irregular qualquer taxa. “As pessoas podem denunciar quem estiver cobrando qualquer coisa para fazer a travessia, pelo telefone 199. A prioridade é para gêneros de primeira necessidade”, destacou.  (V.L.)

 

Fonte: Jornal Folha de Boa Vista / Link: http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=110453